O Fim

É o terceiro dia do terceiro mês desse ano, são três horas da manhã e hoje eu acordei mais triste que ontem.

Eu sei que não deveria ter feito isso com você!

Éramos amigos e você confiava em mim.

Juro que não foi por mal, não premeditei como parece.

Eu sei que você não pensa em mim, e eu sei que não mereço o seu olhar piedoso.

Traição é mesmo algo sujo, mesmo quando vem do coração fraco de um amigo.

Durante esses dias de prisão, o passado me disse que a verdade liberta a alma, mas aprisiona o corpo.

Meu coração está partido, sufocado, inquieto. Mais ainda bate e grita que está livre. Mais corajoso que eu, não se arrepende.

Nossos amigos não me procuram mais, estou sozinho e abandonado.

E quando é noite vejo lagrimas descendo do céu. É sou mesmo exagerado e sentimental.

A pouco mais de três horas, fui levado pelo corredor. Não parece ser tão ruim! O dia está cinza, mais os pássaros ainda lançam voou.

Tenho direito a um ultimo pedido. Poderia pedir um abraço da minha mãe, ou do meu pai, sinto falta deles. Mais

Vou lhes deixar essa mensagem, por que fui condenado e ninguém quis me ouvir, nem você. Isso ainda dói!

Está chegando o fim, não ha mais saída, eu que sou a esperança não acredito mas nela.

mas queria que você me ouvisse, queria que você me entendesse. É difícil ser só seu amigo!

Você e seu jeito, seu carinho, sua voz, seu olhar. Você!

Chegou o momento mais difícil e não é a morte do meu coração. Pra mim é muito triste ter que pedir perdão por sentir um sentimento tão sublime.

eu ainda te amo! Mais estou no fim. Peço, perdão, por, ter, me, apaixonado, por, você.

Segredo

Despertei na manha seguinte do mesmo dia, na verdade nem dormir, apenas fechei os olhos por alguns segundos e  vi uma nova manhã do mesmo dia. A data era diferente, mas parecia que era o mesmo dia se esticando para me dar mais uma chance. A noite negra se transformou em um cinza, que pouco a pouco se entregou a um azul claro, que cobria todo o  céu que se descobria das nuvens brancas do lugar de onde eu via.

Neste momento o sol já havia nascido, ou na verdade nem tinha morrido apenas se escondido como eu estava depois de lhes contar o que eu queria. Só não imaginarias que reagirias assim, fiz algo contra mim, mais parecia que contra ti cometia.

Não entendo por que te ferir, foram apenas palavras que disseram para mim, e essas palavras do meu intimo te afastaram de mim.

O final daquele dia chegou e trouxe junto consigo quem eu tinha ferido, Seguiu só o rumo do sol me olhou e fingiu não me ver. Eu sinceramente não sei o que fiz! Em toda tempo  nunca se ouviu história assim, pedi perdão é pra quem pecou, pedi desculpas é pra quem magoou. Eu não sei o que fazer, só sei de uma coisa que ao invés de um problema, agora tenho dois.

Talvez ninguém acredite que vi duas manhãs no mesmo dia, ou que o que te falei só afetaria a mim e ainda assim eu te entristeci. Apenas uma coisa todos acreditará... Que mesmo eu tendo visto uma nova manhã do mesmo dia, o tempo não volta.

Quando o silencio fala (REALENGO)

Quando o silencio fala

REALENGO

Dia e noite e o silencio o acompanhava, levando ao seu lado a solidão por frases que não se formam na boca. O desejo de falar se espreme nas cordas vocais tentando sair, mais logo se cansa e secam como a saliva que some e deixa a boca seca.       
 Durante o dia se mostra e se esconde no olhar tímido e inocente. Durante a noite se exibe e se ver na tela de um computador, ao seu lado sua sobra refletida na parede da sala escura com brechas de luzes que saem do seu monitor.     
No tempo da chuva, se aquece com seu coberto frio que exala seu cheiro, apenas seu cheiro. No tempo do sol, o suor que escorre em seu rosto e o ventilador que atira o vento contra seu rosto, lhe traz ideias de vingança e dor.           
Lembra do seu tempo de criança descobre que os mais próximos também são os mais distantes, não no amor, mas na sua origem. Origem essa de ser contado como: “o primeiro”, ou “o segundo”, ou ainda “o terceiro” entre os outros da mesma família.    
 Do outro lado olha para traz e ver nos olhos daqueles que deveriam ser amigos o desprezo por não ser igual, mas os mesmos que o despreza não entendem que não existem pessoas iguais. São todos diferentes como as digitais dos dedos.     
Em outra direção pessoas, crianças que não conhecem essa historia, ou que talvez vivam essa mesma historia do mesmo lado ou do lado oposto como vitimas ou não.  Saíram pela manhã não se preocuparam em responder os recados na internet, não se preocuparam em dizer adeus aos que amavam e os acompanhavam até a porta, não se preocuparam em realizar seus sonhos imediatamente, pois jovens não morrem assim. Ao menos não deveria morrer assim. Na contra mão o jovem do silencia com uma determinação que nunca teve até então. Nunca disse a pessoa que amava o quanto a amava. Nunca disse aos amigos o quanto gostava de esta com ele. Mas com a determinação de se destruir com o ódio que senti por não ser determinado em simplesmente dizer.  
Na mão única de um caminho e em sua mão seu silencio, se entrelaça com o caminho de outros que para ele são os que lhe destruiu. Com a arma diz nos estampido de cada bala o que até então não dissera a ninguém, contra a parede quem não merecia ouvir o que aquele dizia.     
Longe da li nas esquinas, em casa, ou no trabalho quem provocou a ira escuta e ver na TV de um lugar distante o que o silencio fala. Emoção, comoção e revolta se misturam em um sentimento de arrependimento e culpa.  O arrependimento que já não vale mais para o que em silencio gritou e a culpa fica para os que hoje silenciaram com o grito de quem se culpou.

1996. O que eu pensava!

Eu não espero mais nada da Vida.

Eu não espero mais nada de Mim!

Não sei se quero um sonho da vida, ou se espero a morte pra mim!

A vida só tem me dado maus tratos e me pergunto até porque nasci,

Se foi pra pagar o que eu já tinha feito, ou para pagar o que ainda não fiz.

1998 A vida – Imperfeição

A vida é uma benção,

Sorrir quando se cai,

     uma Lição!

Lição como ler sendo sego,

E escrever sem as

        Mãos.

Mão pra se tocar,

O coração senti afeição.

Os olhos para enxergar a

Pureza de um perdão.

Perder alguma coisa é sinal

Que algo vai encontrar.

Letras não são Palavras

 Letras são os gritos dos que não expressão sua dor, são os medos dos que sofrem sem dizer o que sente. Letras na mente embaralham as palavras que na língua se esparram quando tentamos dizer o que estar sufocado nas letras embaralhadas.

Palavras são o que falo e nada digo, mas que entre lagrimas e sorrisos sou compreendido pelo mais sensível.

Uso as letras formo palavras, me apresento em um texto, mas não deixo que me leiam até o final. No inicio sou a esperança, certeza de todas as certezas de um futuro de sol claro e noites de luar que leva todos a olhar o céu.

Na pagina vinte do texto escrito à certeza já não é tão certa, o céu cinza cobria o sol e a lua que clareava minha esperança. E as pessoas não olham mais o céu.

Apesar de tudo que vivi o futuro chegou e não é tão assustador quanto eu imaginei e temi. Hoje eu sei que de nada valeu as noites que não dormi e dos pesadelos que no meio da noite me tirava o sono.

Na pagina trinta com a maturidade, maturidade esse que depende mais do tempo do que de mim, percebo que letras são os dia vividos, dias que morri e ressurgir com a coragem e o medo do próximo dia que nem certeza tinha que o alcaçaria, mas assustado esperava nascer. Nesses dias nascidos entendia que as palavras nada mais são que os meses, e que as frases são os anos que a cada dia escrevia e formava o texto do livro da vida.